Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune – ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. Embora a causa da doença ainda seja desconhecida, a EM tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que têm possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes. Os pacientes são geralmente jovens, em especial mulheres de 20 a 40 anos.

A Esclerose Múltipla não tem cura e pode se manifestar por diversos sintomas, como por exemplo: fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, tontura, alterações visuais, alterações auditivas e da fala, disfunção intestinal e da bexiga.

A primeira coisa a ser feita em caso de “suspeita” de Esclerose Múltipla é buscar esclarecer o diagnóstico. Deve-se então procurar um médico neurologista, que é o profissional mais adequado para investigar e tratar pacientes com a doença. Existe uma série de doenças inflamatórias e infecciosas que podem ter sintomas semelhantes ao da Esclerose Múltipla.

O diagnostico e feito pelo sinais e sintomas da doença, associado com exames de ressonância magnética de crânio, coluna cervical e torácica, liquor e exames laboratoriais.

Taxa de prevalência da doença

De acordo com o Atlas da Esclerose Múltipla de 2013, a prevalência da doença no Brasil é de 5,01 a 20 pessoas a cada 100 mil habitantes.

Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) estima que atualmente 35 mil brasileiros tenham a doença.

É uma doença que acomete adultos jovens, principalmente mulheres. Mais comum em caucasianos do que em outros grupos raciais.

Idade de maior adoecimento entre 20 e 50 anos, mas hoje já se faz cada vez mais o diagnóstico em idades inferiores, inclusive em adolescentes e crianças. Acima dos 50 anos também há casos de inicio da doença descritos.

Tratamento

Os tratamentos medicamentosos disponíveis para EM buscam reduzir a atividade inflamatória e os surtos ao longo dos anos contribuindo para a redução do acúmulo de incapacidade durante a vida do paciente. Além do foco na doença, tratar os sintomas como os urinários e a fadiga é muito importante para qualidade de vida do paciente.

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciar o tratamento, melhores serão os resultados na tentativa de retardar a doença.

O trabalho de conscientizar é um trabalho de formiga, às vezes o pessoal fala da esclerose múltipla como se fosse uma doença terminal, quando na verdade é o início de uma nova vida. Com muita dificuldade o nosso dever é esclarecer as dúvidas da população.

Artigo escrito por:
Dr. Antonio Stéfano B. Nascimben
Neurologia
CRM 111.856